Desigualdade e Crescimento em Portugal: Uma Análise de Séries Temporais

Autores

  • João A. S. Andrade GEMF – Group for Monetary and Financial Studies; Faculty of Economics, University of Coimbra
  • Adelaide P. S. Duarte GEMF – Group for Monetary and Financial Studies; Faculty of Economics, University of Coimbra
  • Marta C. N. Simões GEMF – Group for Monetary and Financial Studies; Faculty of Economics, University of Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.59072/rper.vi37.424

Resumo

Em linha com o interesse recente e renovado sobre a relação entre desigualdade e crescimento, e o importante debate que subsiste sobre o sinal desta relação, analisamos esta questão para Portugal no período de 1985-2005 usando diferentes metodologias de séries temporais. Os resultados sugerem que a desigualdade de ganhos tem um impacto negativo no output, confirmando assim o ponto de vista de que a desigualdade é nociva ao crescimento económico. Além disso, e segundo os resultados decorrentes da análise das funções impulso-resposta baseadas no modelo preferido, um VAR estrutural (SVAR) trivariado, estes efeitos duram, nalguns casos, três anos após o choque de desigualdade. No tocante à educação, a terceira variável considerada nos nossos modelos SVAR, não se confirma a predição teórica de que mais desigualdade reduz a acumulação de capital humano; ao invés, os resultados apontam na direção oposta: um aumento da desigualdade de ganhos conduz a trabalhadores com mais educação. Assim, a confirmação de uma influência negativa da desigualdade sobre o output parece ser explicada porque implica mais redistribuição, com os efeitos distorcionários decorrentes dos impostos sobre o investimento.

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Publicado

01-10-2014

Como Citar

Andrade, J. A. S. ., Duarte, A. P. S. ., & Simões, M. C. N. (2014). Desigualdade e Crescimento em Portugal: Uma Análise de Séries Temporais. RPER, (37), 29–42. https://doi.org/10.59072/rper.vi37.424